1. A Península Ibérica
Os séculos XI-15 foram o período da Reconquista, a luta contra os mouros na Península Ibérica, concluída em 1492 com a tomada de Granada. Essa luta foi acompanhada de uma onda de repressão contra os mouros e os judeus, na qual teve participação destacada a Inquisição espanhola, criada em 1478. Os reis católicos, Fernando e Isabel, e o Cardeal Ximenes de Cisneros efetuaram importantes reformas na vida da igreja. No século 16, reinaram os grandes monarcas Carlos V e Filipe II, que se envolveram ativamente na contrarreforma, reprimindo com violência o nascente protestantismo espanhol. O fervor do catolicismo ibérico também é evidenciado pela fundação da Companhia de Jesus por Inácio de Loiola (1540) e pelo surgimento de grandes místicos como Teresa de Jesus e João da Cruz. Os protestantes Casiodoro de Reyna e Cipriano de Valera produziram a famosa Bíblia Reyna-Valera, publicada em 1602.
Além da consolidação da Espanha, a luta contra os muçulmanos contribuiu para o surgimento de Portugal como um reino independente em 1139, sob a liderança de Afonso Henriques. A reconquista lusitana foi concluída em 1249, com a tomada de Lisboa das mãos dos mouros. Ao longo da sua história, Portugal seria governado por três dinastias: Borgonha (1096-1385), Avis (1385-1580) e Bragança (1640-1910). O pequeno país teve a sua época de esplendor nos séculos 15 e 16, o período das navegações e descobrimentos, entrando em declínio após a chamada União Ibérica (1580-1640). Portugal era um país muito católico e por isso a Reforma Protestante não chegou a deitar raízes no mesmo durante o século 16. Todavia, o catolicismo português não era tão militante e fanático quanto o seu congênere espanhol.
2. A conquista do Novo Mundo
O principal motivo das navegações ibéricas foi a busca de um caminho marítimo para a Índia, por causa do comércio das especiarias. Bartolomeu Dias descobriu o Cabo da Boa Esperança em 1488 e dez anos depois Vasco da Gama fez a primeira viagem até a Índia (1497-99). Cristóvão Colombo (1451-1506) descobriu a América em 12-10-1492, visitando a ilhas de San Salvador, Cuba e Hispaniola, e fez outras três viagens ao Novo Mundo até 1502. A Nova Espanha (México) foi conquistada por Fernão Cortez das mãos dos astecas (1519) e o Peru por Francisco Pizarro, que destruiu o império inca (1529).
A conquista, a colonização e a evangelização da América Latina foram um empreendimento conjunto dos estados ibéricos e da Igreja Católica, mediante a instituição do padroado ou patronato. Através do sistema das “encomendas”, os colonos deviam cristianizar os indígenas, mas também podiam utilizar-se do seu trabalho, o que favoreceu a exploração dos índios. Os jesuítas reuniram os índios cristianizados em aldeamentos denominados “reduções”. Os indígenas sofreram grande violência na forma de guerras, trabalhos forçados e doenças, e o seu rápido declínio estimulou o tráfico de escravos africanos. Entre os defensores dos índios destacaram-se os sacerdotes dominicanos Antonio de Montesinos, Francisco de Vitória, Antonio de Valdivieso e especialmente Bartolomé de las Casas (1484-1566).
3. O período colonial
No México, os índios inicialmente rejeitaram o cristianismo, aceitando-o depois em virtude da suposta aparição da Virgem de Guadalupe a um deles. No século 17, os franciscanos trabalharam no Novo México (Santa Fé), onde houve uma grande revolta dos índios contra os espanhóis em 1680, na qual morreram muitos religiosos. Junípero Serra fundou numerosas missões na costa da Califórnia no século 18 e os jesuítas trabalharam na Baixa Califórnia. A Inquisição criou um tribunal na Cidade do México em 1536. A América Central, chamada de Castela do Ouro, foi conquistada por Vasco Núñez de Balboa. Os índios foram oprimidos por causa do ouro. Em 1821, a região tornou-se independente com o nome de República Centro-Americana (era parte do México). Depois, dividiu-se em Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua e Costa Rica. Os ingleses ocuparam Jamaica (1655), Trinidad e Belize.
A Colômbia foi conquistada por Rodrigo de Bastidas. As primeiras cidades foram Santa Marta (1525), Cartagena (1533) e Santa Fé de Bogotá. Houve uma onda de terror contra os índios por causa de “El Dorado”, uma suposta montanha de ouro. Dois vultos importantes foram Luís Beltrán (1526-1581), um defensor dos índios, e Pedro Claver (1580-1654), o protetor dos escravos africanos. O Peru era o centro do império dos incas, que também incluía, no todo ou em parte, o território dos futuros Equador, Bolívia, Chile e Argentina. Houve revoltas contra os espanhóis até 1780, quando Tupac Amaru liderou a última insurreição. Alguns peruanos que viveram nos séculos 16 e 17 tornaram-se santos católicos: Rosa de Lima, Martín de Porres e Francisco Solano. A Inquisição estabeleceu um tribunal em Lima em 1569.
O Chile foi conquistado por Pedro de Valdívia, que fundou Santiago (1540) e Concepción (1550). Os franciscanos chegaram em 1553 e os dominicanos em 1557; os índios tiveram um grande defensor na pessoa de Gil González de San Nicolás. Houve um longo período de guerras contra os araucanos. Embora Buenos Aires tenha sido fundada em 1535, a Argentina foi uma das últimas regiões ocupadas pelos espanhóis e onde as missões indígenas foram mais fracas. Com a independência, foi adotado o nome de Províncias Unidas do Prata. Assunção foi fundada em 1537. No Paraguai trabalharam franciscanos e jesuítas e os índios guaranis foram reunidos nas reduções, que também existiram na Bolívia, Argentina, Uruguai e Brasil. Essas reduções sofreram ataques dos espanhóis e portugueses (bandeirantes) a partir de 1628, entrando em declínio com a expulsão dos jesuítas em 1767. O Paraguai foi governado por ditadores no século 19 e experimentou a grande tragédia da Guerra do Paraguai (1864-1870).
4. A independência
A maioria das nações latino-americanas tornaram-se independentes no período de 1810 a 1822. Entre os “libertadores” destacaram-se José de San Martín e Simón Bolívar. Os peninsulares (espanhóis natos) e o alto clero mostraram-se contrários à independência, mas os crioulos (latino-americanos brancos), os mestiços e o clero inferior foram favoráveis à mesma. No México, os padres Miguel Hidalgo y Costilla e José Maria Morelos estiveram entre os líderes da independência (1810). Nova Granada tornou-se a Grande Colômbia, que depois subdividiu-se em Colômbia, Venezuela, Equador e Panamá. Este separou-se da Colômbia em 1903 por pressões dos Estados Unidos relacionadas com a construção do Canal do Panamá. Em 1821 surgiu a República Centro-Americana.
As relações dos novos governos com a Igreja Católica foram conflitivas no México, Venezuela, Bolívia e Argentina, mas amistosas no Peru. A Grande Colômbia foi a primeira nação hispano-americana a ter a sua independência reconhecida pela Santa Sé (1835). Houve concordatas entre os novos governos e o Vaticano, a manutenção do padroado e eventualmente a separação entre a igreja e o estado. Os principais adversários da igreja foram os liberais, os maçons e os positivistas. No Paraguai, os ditadores controlaram totalmente a igreja. A Igreja Católica manteve-se forte na maioria das nações hispano-americanas; porém, no início século 20 houve uma revolução no México (1910) que se mostrou fortemente anticlerical. Em 1927, todas as propriedades da igreja foram confiscadas.
5. O protestantismo
A principal dificuldade enfrentada pelos primeiros protestantes na América Latina foi o catolicismo militante e tridentino, que muitas vezes se mostrou intensamente intolerante. A necessidade de imigrantes levou à gradual eliminação das restrições legais nas áreas da liberdade religiosa, casamento civil e cemitérios, entre outras. As agências pioneiras foram as sociedades bíblicas britânica e americana e as igrejas históricas (anglicanos, luteranos, congregacionais, presbiterianos, metodistas, batistas e episcopais). Também houve a atuação de missões indenominacionais como a União Cristã Americana e Estrangeira, a Missão Centro-Americana e a Gospel Union, denominadas “missões de fé”.
Possivelmente, o primeiro missionário protestante na América Latina foi o batista escocês James Thomson, um representante da Sociedade Bíblica Britânica que chegou a Buenos Aires em 1818 e esteve em vários outros países. A sua principal estratégia foi a criação de escolas lancasterianas (uso dos melhores alunos para ensinar os principiantes e utilização de textos bíblicos para ensinar gramática e alfabetizar). Outro importante pioneiro foi Allen F. Gardiner (1794-1851), fundador da Sociedade Missionária da Patagônia, mais tarde Sociedade Missionária da América do Sul, que morreu de frio e fome com seis companheiros. W. Barbrooke Grubb, “o Livingstone da América do Sul”, trabalhou entre os índios do Chaco. David Trumbull seguiu em 1845 para Valparaíso, onde foi construído o primeiro templo evangélico do Chile (1855). Francisco Penzotti fundou uma igreja no porto de Callao, Peru (1888), e veio a ser preso. Libertado em 1891, foi para a Guatemala e ficou conhecido como “o apóstolo João das igrejas da América Central”.
Vários países receberam imigrantes protestantes, como luteranos (Brasil), valdenses italianos (Argentina, Uruguai) e menonitas (Paraguai, Brasil). Nas primeiras décadas do século 20, os protestantes latino-americanos realizaram importantes congressos missionários: Panamá (1916), Montevideo (1925) e Havana (1929). Um fenômeno de grande impacto foi o surgimento do pentecostalismo e do movimento carismático, especialmente na América Central e no Brasil.
6. O Brasil
Em 1494, Portugal e a Espanha assinaram o Tratado de Tordesilhas e seis anos mais tarde ocorreu o descobrimento do Brasil. Inicialmente foi implantado o sistema de capitanias hereditárias; com o insucesso do mesmo, a coroa portuguesa assumiu o controle direto da colônia. O primeiro governador-geral, Tomé de Sousa, fixou-se em Salvador, a nova capital, em 1549. Com ele chegaram os primeiros jesuítas, sob a liderança do padre Manoel da Nóbrega; quatro anos mais tarde chegou ao Brasil o célebre José de Anchieta (1534-1597). Através do padroado, Portugal comprometeu-se a sustentar a igreja e suas atividades, mas também teve o direito de controlar muitos aspectos da vida eclesiástica e receber os dízimos dos fiéis. Durante a União Ibérica (1580-1640), quando Portugal ficou debaixo da soberania espanhola, houve a expansão do território brasileiro além dos limites do Tratado de Tordesilhas, em grande parte através da atuação dos bandeirantes.
O catolicismo colonial brasileiro teve duas manifestações bastante distintas. De um lado, havia o catolicismo familiar das fazendas de cana de açúcar (a casa grande e a senzala), caracterizado por baixos padrões espirituais e éticos e por uma forte ênfase nas festas e na devoção aos santos e a Maria. Cristianizados superficialmente, os africanos fizeram o sincretismo de suas religiões com elementos católicos. De outro lado, havia o catolicismo das ordens religiosas, especialmente os jesuítas, mais preocupado com os dogmas e mais ligado a Roma. Durante 210 anos, os jesuítas foram os principais missionários e educadores do Brasil. Muitos deles foram zelosos defensores dos índios, como foi o caso do padre Antonio Vieira, no século 17. Em todo o período colonial, a Igreja Católica foi uma organização fraca, controlada pela coroa portuguesa. Havia poucos sacerdotes, que se tornaram ainda mais reduzidos com a expulsão dos jesuítas em 1759. O ciclo do ouro (1693-1750) trouxe importantes consequências, mas a colônia continuou pobre, atrasada e carente de recursos educacionais.
A situação começou a mudar com a vinda da família real para o Brasil, fugindo da invasão napoleônica (1808). O príncipe-regente João (depois D. João VI) abriu os portos da colônia às nações amigas (leia-se Inglaterra). Em 1810, foram firmados dois tratados com a Inglaterra que legalizaram o culto protestante no Brasil, com algumas restrições. Com a independência (1822), surgiu o Império, que foi governado por Pedro I (1822-31), várias regências e Pedro II (1840-1889). A Constituição de 1824 assegurou a liberdade religiosa com restrições, ao mesmo tempo em que tinha início a imigração de protestantes (anglicanos, luteranos e reformados). Por causa de influências liberais e regalistas no governo e na sociedade, a Igreja Católica continua a ser inteiramente sujeita ao estado. No final do império, houve um célebre conflito entre o governo e dois bispos do norte do Brasil – a “Questão Religiosa” (1872-1875).
Com a Proclamação da República (1889) houve a separação entre a igreja e o estado. A Igreja Católica experimentou grande fortalecimento e procurou aumentar a sua influência na sociedade. Entre os seus problemas estavam a falta de sacerdotes, o excesso de frades estrangeiros e a pequena influência sobre as condições morais e espirituais do povo. No vazio criado haviam surgido a teosofia, o positivismo, o espiritismo e o protestantismo. A postura da igreja começou a mudar a partir da 1ª Conferência Episcopal Latino-Americana (CELAM, 1955) e do Concílio Vaticano II (1962-1965). As conferências episcopais de Medellín (1968) e Puebla (1979) deram ênfase à “opção preferencial pelos pobres”, à teologia da libertação e às comunidades eclesiais de base.
7. O protestantismo brasileiro
Os únicos protestantes que tiveram uma presença significativa no Brasil colonial foram calvinistas franceses (século 16) e holandeses (século 17). Em 1555, o vice-almirante Nicolau Durand de Villegaignon estabeleceu a França Antártica numa pequena ilha da Baía da Guanabara. A seu pedido, Calvino e a Igreja Reformada de Genebra enviaram um grupo de colonos reformados, que chegou no início de 1557. Logo, surgiram sérios conflitos teológicos entre o vice-almirante e os calvinistas. Mais tarde, cinco deles foram obrigados a fazer uma declaração das suas convicções, o que resultou na Confissão de Fé da Guanabara. Três dos autores foram mortos (Jean de Bourdel, Matthieu Verneuil e Pierre Bourdon), um teve a vida poupada (André Lafon) e o outro fugiu, sendo depois preso e enforcado (Jacques Le Balleur). Um dos calvinistas que retornaram para a França, o sapateiro Jean de Léry, publicou a importante obra História de uma Viagem Feita à Terra do Brasil (1578). Essa foi a primeira tentativa de fundar uma igreja e uma missão protestante nas Américas.
No século seguinte, numa época de conflito com a Espanha, os holandeses ocuparam o Nordeste brasileiro (1630-1654) através da Companhia das Índias Ocidentais. O período áureo do Brasil holandês foi o hábil governo do príncipe João Maurício de Nassau-Siegen (1637-1644). A Igreja Reformada da Holanda chegou a ter no Brasil 22 igrejas e congregações, dois presbitérios e um sínodo. As comunidades foram servidas por mais de cinquenta pastores, além de pregadores auxiliares e outros oficiais. Os reformados fizeram um notável trabalho missionário e beneficente junto aos indígenas e chegaram a planejar a preparação de um catecismo, a tradução da Bíblia e o treinamento de pastores nativos. Toda essa obra foi interrompida com a expulsão dos holandeses em 1654.
O Brasil foi mantido no mais completo isolamento no restante do período colonial. Somente com a chegada da família real e a independência surgiram condições para a implantação definitiva do protestantismo, graças a fatores como o liberalismo da classe política, a necessidade de imigrantes, a índole do povo e a debilidade da igreja oficial. Os primeiros protestantes foram comerciantes e diplomatas ingleses, bem como imigrantes luteranos e reformados. Em 1822, os anglicanos inauguraram no Rio de Janeiro a sua capela, o primeiro templo protestante autorizado no país. As sociedades bíblicas britânica e americana começaram a enviar Bíblias para o Brasil nas primeiras décadas do século. Mais tarde chegaram os primeiros agentes dessas sociedades, que utilizaram os serviços de colportores (vendedores de Bíblias).
A primeira missão protestante a trabalhar entre os brasileiros foi da Igreja Metodista do Sul dos Estados Unidos, com os pastores Justin Spaulding e Daniel P. Kidder, e teve curta duração (1836-1841). Kidder escreveu o conhecido livro Reminiscências de Viagens e Residência no Brasil (1845). A seguir vieram o Rev. Robert R. Kalley e sua esposa Sarah P. Kalley, que fundaram a primeira escola dominical do Brasil (1855) e a Igreja Evangélica Fluminense (1858), congregacional. Sarah publicou em 1861 o famoso hinário Salmos e Hinos. O terceiro trabalho missionário protestante iniciado no Brasil foi o da Igreja Presbiteriana do norte dos Estados Unidos, com o Rev. Ashbel G. Simonton (1859), que fundou em 1862 a Igreja do Rio de Janeiro. Simonton também criou o primeiro periódico evangélico do Brasil, a Imprensa Evangélica (1864).
Após a Guerra Civil nos Estados Unidos (1861-1865), muitos imigrantes daquele país vieram para o Brasil. Isso estimulou a vinda de novos missionários das igrejas do sul. Em 1869 chegaram os presbiterianos George N. Morton e Edward Lane, que se fixaram em Campinas; em 1876 o metodista John James Ransom, que dois anos depois fundou a Igreja do Rio de Janeiro; e em 1881 os batistas William B. Bagby e Zachary C. Taylor (e suas esposas), que no ano seguinte fundaram em Salvador a sua primeira igreja. O primeiro pastor batista brasileiro foi o ex-sacerdote Antonio Teixeira de Albuquerque. A última igreja do protestantismo histórico a iniciar suas atividades no Brasil foi a episcopal, com chegada dos pioneiros James Watson Morris e Lucien Lee Kinsolving em 1890. Além de plantar igrejas, as missões também fundaram pequenas escolas paroquiais e colégios de maior porte, como o Colégio Internacional (Campinas) e a Escola Americana (São Paulo), ambos presbiterianos.
No início do século 20, o protestantismo brasileiro teve grande crescimento, revelando crescente nacionalização e autonomia. O número de igrejas triplicou entre 1910 e 1930. No final desse período havia cerca de 700 mil protestantes no Brasil. Um marco de grande importância foi o surgimento das primeiras igrejas pentecostais (1910-1911): a Congregação Cristã no Brasil e as Assembleias de Deus. Nos anos 50 e 60 surgiram a Igreja do Evangelho Quadrangular, O Brasil para Cristo, Deus é Amor e Igreja de Nova Vida. Pouco depois, os movimentos de renovação espiritual causaram divisões em várias denominações tradicionais. Finalmente, a partir da década de 1970, um novo componente veio integrar o cenário evangélico brasileiro, as igrejas neopentecostais, das quais a mais notória é a Igreja Universal do Reino de Deus.