O Período Apostólico (1º Século)
1. O MUNDO EM QUE SURGIU A IGREJA
O cristianismo não emergiu em um vácuo, e sim em um contexto histórico e social específico. É importante conhecer o ambiente em que surgiu o cristianismo, ambiente esse que influenciou a igreja e, também, foi eventualmente influenciado por ela. Esse ambiente era definido por três grandes culturas ou civilizações.
1.1 Os gregos
No quarto século antes de Cristo, Alexandre, o Grande (356-323 AC) conquistou um vasto império que ia desde os Balcãs até a Índia. Essas conquistas promoveram uma ampla difusão da língua e cultura gregas (helenização) em toda a região oriental do Mar Mediterrâneo, no Oriente Médio e no Egito. Quando Alexandre morreu aos 33 anos, o seu império foi dividido entre os seus generais, dois dos quais ficaram com as terras bíblicas. A Síria coube a Seleuco e seus descendentes (os selêucidas) e o Egito a Ptolomeu. A Palestina sofreu fortemente as influências helenizantes dessas duas dinastias. Especialmente influenciados foram os judeus que viviam fora da Palestina, na Diáspora ou Dispersão, especialmente no Egito. Muitos deles, falando apenas o grego, não mais podiam ler as suas Escrituras na língua original. Com isso, o Velho Testamento precisou ser traduzido para o grego, tradução essa que recebeu o nome de Septuaginta (LXX). Essa foi a Bíblia dos primeiros cristãos. Como uma versão popular do grego, o koiné (= comum), era a língua mais falada em torno do Mediterrâneo, o Novo Testamento eventualmente foi integralmente escrito nesse idioma.
Além da contribuição linguística, os gregos também legaram ao mundo antigo a sua riquíssima reflexão filosófica e toda uma cosmovisão (maneira de ver o mundo e a vida) gerada por essa reflexão. Algumas das principais correntes filosóficas foram as de Platão, Aristóteles, dos estóicos e dos epicureus. Vários conceitos dessas escolas eram bastante difundidos quando surgiu o cristianismo. Por exemplo, o contraste entre a verdadeira realidade (o mundo das ideias ou das coisas espirituais) e o mundo material das sombras (pálido reflexo das realidades eternas). Outro conceito muito difundido era o de que, assim como o corpo tem uma alma, também o mundo é governado e mantido coeso por uma alma racional, o Logos, do qual cada alguma humana é uma centelha. Encontramos referências a esses movimentos e a esse vocabulário em algumas passagens do Novo Testamento como João 1:1, 14; Atos 17:18; Filipenses 4.11, 13; Hebreus 8.5; 10.1. A filosofia solapou a crença nas velhas religiões, mas não ofereceu uma alternativa satisfatória para as necessidades espirituais das pessoas.
1.2 Os romanos
Se a contribuição dos gregos foi nas áreas linguística, cultural e filosófica, os romanos deram notável contribuição ao mundo em que surgiu o cristianismo nos aspectos político, jurídico e administrativo. O Império Romano emergiu um pouco antes da era cristã, quando Otaviano foi aclamado como César Augusto, tornando-se o primeiro imperador dos romanos (27 AC-14 DC). Os romanos, com seu vasto império, abrangendo muitos povos e culturas, imprimiram no mundo antigo o conceito de uma unidade que transcendia a diversidade. Nesse aspecto, havia um interessante paralelo com a igreja cristã, que sendo uma só, era composta de uma grande variedade de pessoas. Por meio de sua legislação avançada, de seu exército e de suas instituições, os romanos criaram um ambiente de ordem e segurança como nunca se vira nas terras em torno do Mediterrâneo. A “pax romana” permitiu que as viagens, tanto marítimas como terrestres, se tornassem mais rápidas e seguras, o que certamente veio a facilitar a difusão do cristianismo.
No aspecto religioso, o Império Romano era caracterizado por uma grande diversidade de opções. Havia em primeiro lugar a religião tradicional e familiar dos deuses greco-romanos. Além disso, estavam florescendo no primeiro século as chamadas “religiões de mistério”, que comunicavam suas verdades mais profundas somente aos iniciados (cultos esotéricos). As principais eram a religião de Cibele (vinda da Ásia Menor), de Ísis e Osíris (do Egito) e de Mitra (da Pérsia). O mitraísmo tornou-se especialmente popular no exército romano. Finalmente, havia o culto imperial ou estatal de Roma, com frequência voltado para a própria pessoa do imperador, culto esse que tinha um elemento fortemente político, como símbolo da unidade do império e da lealdade ao mesmo. A recusa obstinada em participar desse culto traria sérias consequências para os cristãos.
1.3 Os judeus
Sem dúvida, a principal matriz do cristianismo foi o judaísmo, em cujo seio nasceu. Na época de Cristo, a Palestina estava sob dominação romana. No segundo século antes de Cristo, as atitudes despóticas de um rei selêucida, Antíoco Epifânio, haviam provocado a revolta dos macabeus (167 AC). Então, por cerca de um século os judeus gozaram de independência política, até que, no ano 63 AC, os exércitos romanos, sob o comando do general Pompeu, conquistaram a Palestina. Por conveniências políticas, os romanos permitiram que a região fosse governada por reis vassalos, não-judeus, os Herodes.
O judaísmo era caracterizado pela existência de várias correntes. Havia os saduceus, que controlavam o templo e eram colaboradores dos romanos. Os líderes religiosos mais identificados com o povo eram os fariseus e os escribas, caracterizados pela mais estrita obediência à lei. Havia também grupos menores, periféricos e radicais, como os zelotes e os essênios (da comunidade de Qumran, junto ao Mar Morto). Sobre alguns desses grupos, ver Marcos 12.18 e Atos 23.7-8. O judaísmo caracterizava-se pela centralidade do templo e da lei, pelo rígido monoteísmo e por uma forte esperança escatológica. Na Diáspora, onde era lida a Septuaginta (o Velho Testamento em grego), muitos gentios se aproximaram do judaísmo, sendo conhecidos como “prosélitos” (convertidos plenos) e “tementes a Deus” (simpatizantes). Muitos deles eventualmente abraçaram o cristianismo, como vemos em Atos dos Apóstolos.
O cristianismo, como um movimento surgido no seio do judaísmo, recebeu muitas coisas importantes da religião judaica. Em primeiro lugar, seus seguidores iniciais, todos eles judeus. Depois, as Escrituras Hebraicas, a fé monoteísta e os elevados preceitos éticos. Finalmente, o culto cristão e o sistema de administração da igreja também foram inspirados pelas práticas judaicas, especialmente pela notável instituição que era a sinagoga.
2. JESUS E O SURGIMENTO DA IGREJA
Não vamos entrar em muitos detalhes nesse aspecto em parte porque se trata de um tema familiar para os que conhecem o Novo Testamento. Além disso, esse tópico é estudado em outras matérias, como introdução bíblica. Para maiores informações, o leitor pode consultar a obra de Robert H. Gundry, Panorama do Novo Testamento (Edições Vida Nova) e outras obras congêneres.
Obviamente, os nossos pressupostos religiosos afetam profundamente a maneira como encaramos a pessoa de Jesus Cristo. Muitos historiadores o vêem meramente como um judeu simples e inteligente que questionou o status quo, acabou sendo morto por causa disso e mais tarde foi divinizado pelos seus seguidores. Para nós, os cristãos, ele é o próprio Filho de Deus, que veio ao mundo enviado pelo Pai com o propósito expresso de reconciliar os seres humanos com Deus. Os evangelhos nos falam das circunstâncias do seu nascimento e pouco dizem sobre a sua infância e mocidade. O enfoque principal está sobre o seu ministério de três anos, iniciado quando ele estava com trinta anos de idade (Lucas 3.23).
Seu trabalho foi tríplice: proclamar o reino de Deus, ensinar (nas sinagogas e outros lugares) e curar os enfermos e aflitos. O reino por ele anunciado tinha como ponto central a sua própria pessoa e ensino, e, em particular, a sua morte e ressurreição. Ele reuniu em torno de si um grupo de seguidores e especialmente doze homens aos quais treinou e enviou a pregar, designando-os como continuadores da sua missão (João 20.21). Ele deixou aos seus seguidores os seus ricos ensinos e apenas duas ordenanças: o batismo com água para simbolizar a purificação dos pecados e uma refeição de pão e vinho representando o seu corpo e o seu sangue, ou seja, o seu sacrifício. Ele não deixou nenhuma organização básica, sistema doutrinário bem definido ou livros sagrados.
Após a sua morte e ressurreição, os seus discípulos foram revestidos com o Espírito Santo e comissionados a pregar as boas novas de Cristo e sua salvação até os confins da terra (Atos 1.8). Por ocasião do Pentecostes, a comunidade inicial em Jerusalém era composta de 120 pessoas (Atos 1.15). Logo, por meio da pregação de Pedro e dos demais apóstolos, esse número cresceu dramaticamente, não somente naquela cidade, mas em outras partes da Palestina. Essa pregação acabou resultando em duas dificuldades: (a) a oposição das autoridades judaicas na forma das primeiras perseguições; (b) o problema mais explosivo do que fazer em relação aos gentios que estavam aceitando a nova mensagem. Seria preciso que eles cumprissem a lei mosaica além de crerem em Cristo? Seria preciso que primeiro se tornassem judeus para depois se tornarem cristãos? O relato da conversão de Cornélio mostra como era forte a resistência dos judeus à recepção de gentios na igreja (Atos 10).
Esse problema foi tratado e resolvido satisfatoriamente no assim chamado Concílio de Jerusalém, descrito em Atos 15. Bastava que os gentios cressem no Senhor Jesus; ao mesmo tempo, deviam evitar certas práticas com o objetivo de terem comunhão com os seus irmãos judeus, que tinham escrúpulos quanto a questões alimentares e outras. Essa decisão abriu as portas para que o cristianismo deixasse de ser uma simples seita judaica e se tornasse um movimento mais abrangente, aberto a pessoas de todas as raças e culturas. A igreja primitiva destacava-se pela igualdade entre os seus membros, um código de ética baseado no amor, serviço mútuo, principalmente aos necessitados, e a pregação incessante da morte redentora e da ressurreição de Cristo.
Por cerca de quinze anos, a igreja de Jerusalém ocupou a liderança do novo movimento. Posteriormente, a comunidade de Antioquia da Síria passou a exercer esse papel. Em Antioquia, pela primeira vez o evangelho foi pregado deliberadamente aos gentios e os discípulos também pela vez primeira foram chamados “cristãos” (Atos 11.26). Essa cidade tornou-se o centro de um poderoso esforço missionário transcultural que levou a mensagem cristã a muitas regiões importantes do Império Romano. Um personagem central desse esforço foi um judeu chamado Saulo.
3. A CONTRIBUIÇÃO DE PAULO
O apóstolo Paulo foi o vulto mais influente dos primeiros tempos da igreja. Convertido no famoso episódio da estrada de Damasco (Atos 9.1-19), ele passou de perseguidor da igreja a ardoroso pregador do evangelho. Um testemunho da sua importância é o fato de que metade dos livros do Novo Testamento está diretamente ligada a ele. Atos dos Apóstolos tem-no como principal protagonista. Quase dois terços do livro dedicam-se a descrever detalhadamente as suas viagens missionárias, por meio das quais ele plantou igrejas em vários centros estratégicos da Ásia Menor (Antioquia da Pisídia, Galácia, Éfeso) e da península grega (Filipos, Tessalônica, Corinto). Mais do que qualquer outro, Paulo contribuiu para imprimir sobre a igreja a consciência do caráter universal da fé cristã.
Outra notável contribuição de Paulo foi literária e teológica. No sentido de orientar, advertir e incentivar as igrejas que resultaram do seu ministério, ele escreveu muitas epístolas, várias das quais foram preservadas e incluídas no Novo Testamento. Outras quatro cartas também preservadas foram enviadas a colaboradores seus (Timóteo, Tito e Filemom). Finalmente, Paulo escreveu uma extraordinária carta a uma igreja fundada por outros cristãos, em Roma. Como o apóstolo queria apresentar-se a essa igreja que não conhecia, para que ela o encaminhasse a outros pontos do Império Romano (Romanos 15.22-24), ele sentiu a necessidade de expor mais plenamente as suas convicções e o evangelho que pregava. O resultado foi um documento de grande complexidade e beleza que revelou outro aspecto da contribuição de Paulo: sua profunda e criativa reflexão teológica sobre a realidade de Cristo e suas implicações para o crente, para a igreja e para a sociedade.
Finalmente, Paulo destacou-se como polemista, lutando pela integridade da doutrina cristã, especialmente quanto à pessoa e obra de Cristo. Nesse esforço, ele enfrentou uma longa luta contra os judaizantes, os cristãos hebreus ainda fortemente ligados à lei e às tradições judaicas, especialmente no que diz respeito à circuncisão (ver Gálatas 1.6-9; 2.3; 4.9-11). Paulo também se voltou, pelo menos em uma de suas cartas (Colossenses), contra uma heresia sincrética de tipo gnóstico que aparentemente considerava Cristo como parte de uma hierarquia de seres celestiais e apelava tanto para costumes judaicos quanto para práticas ascéticas e um conhecimento especial.
4. A EXPERIÊNCIA DA PERSEGUIÇÃO
No decurso do seu trabalho, Paulo defrontou-se de maneira crescente com a realidade da oposição contra o cristianismo. As primeiras manifestações de intolerância contra os cristãos haviam ocorrido ainda na Palestina, por parte do Sinédrio e dos Herodes. Entre os primeiros mártires contavam-se Estêvão e Tiago, o irmão de João (ver Atos 7.58-59 e 12.1-2). Posteriormente, à medida que a fé cristã se difundia pelo Império Romano, os discípulos continuaram a sofrer a oposição dos judeus e também agora da parte de gentios, cujos deuses eram negados pelos cristãos. Mas a primeira perseguição “oficial” romana contra os cristãos só veio a ocorrer no reinado de Nero, por volta do ano 64. Essa perseguição teve conexão com um grande incêndio que destruiu boa parte da cidade de Roma. Sob a suspeita de haver ordenado o incêndio, Nero culpou os cristãos da cidade e os maltratou cruelmente, conforme a interessante descrição de Tácito, um autor daquela época.
Ainda no primeiro século (c. 95), outro imperador, Domiciano, perseguiu os cristãos da Ásia Menor, diante de sua recusa de participar do culto imperial. Essa perseguição é o pano de fundo do exílio de João na ilha de Patmos e do livro do Apocalipse. Nos séculos seguintes, a igreja haveria de sofrer ataques muito maiores, aos quais voltaremos nas próximas partes desta série. Essa experiência gerou entre os primeiros cristãos uma verdadeira glorificação do martírio como uma experiência altamente desejável e honrosa para um seguidor de Cristo.
5. O FIM DA ERA APOSTÓLICA
A década de 60 foi especialmente importante para a igreja primitiva. Nessa década, morreram os últimos dos apóstolos originais de Cristo, à exceção de João. Segundo a tradição praticamente unânime da igreja antiga foi nessa época que morreram martirizados os dois apóstolos mais destacados, Pedro e Paulo. Essas mortes teriam ocorrido no contexto da perseguição promovida por Nero, na cidade de Roma.
Outro evento de grande magnitude foi o declínio do cristianismo judaico em virtude do cerco e eventual destruição de Jerusalém. Quando o cerco começou, no ano 66, os cristãos hebreus fugiram da cidade e foram para a região de Pela, no outro lado do rio Jordão. Ali, com o passar dos anos, esses judeus-cristãos, separados do restante da igreja, desenvolveram características peculiares, vindo mais tarde a desaparecer nas brumas do tempo. Conhecidos como “ebionitas”, eles articularam uma posição teológica acerca de Cristo conhecida como adocionismo. Jesus teria sido um mero homem que foi adotado por Deus como filho por ocasião do seu batismo. Essa posição seria mais tarde defendida por outras pessoas no cristianismo antigo.
A destruição de Jerusalém contribuiu decisivamente para a emancipação definitiva da igreja em relação ao judaísmo. Nas primeiras décadas, muitas pessoas ainda podiam pensar que os cristãos eram um grupo ou seita dentro da religião judaica. Essa identificação às vezes ajudava e às vezes prejudicava os cristãos. Após a revolta dos judeus e a consequente punição dos romanos, ficou cada vez mais claro que o judaísmo e o cristianismo eram religiões claramente distintas.
No final do primeiro século, o cristianismo havia se difundido amplamente em muitas regiões do Oriente Médio e da Europa e estava se preparando para a sua grande conquista poucos séculos depois: o Império Romano. As igrejas ainda se reuniam em residências particulares e salões públicos; só mais tarde seriam construídos os primeiros templos. Havia dois tipos de líderes: aqueles que possuíam certos dons, como os profetas e mestres, e líderes mais formais, eleitos pelas comunidades, como os presbíteros ou bispos (Atos 20.17, 28; Tito 1.5, 7) e os diáconos.
Havia dois tipos de cultos aos domingos: um culto matutino centrado na pregação da Palavra e um culto vespertino com ênfase sacramental. Em conexão com o mesmo, os cristãos realizavam uma ceia comunitária denominada “agape” (= festa do amor), na qual era celebrada a Ceia do Senhor. No final do século o agape caiu em desuso e a Santa Ceia passou a ser celebrada no culto matutino. Os primeiros cristãos causaram grande impacto na sociedade greco-romana em virtude de seu amor mútuo, coragem e elevados padrões éticos. Eles separavam-se firmemente das práticas pagãs (idolatria, imoralidade), mas ao mesmo tempo insistiam em ter uma participação construtiva na sociedade, esforçando-se por cumprir os seus deveres cívicos e ser bons cidadãos.
6. CRONOLOGIA BÁSICA
Ano | Evento |
---|---|
30 | Morte, ressurreição e ascensão de Jesus |
30-44 | Liderança da igreja de Jerusalém |
35 | Conversão de Saulo |
41-54 | Reinado de Cláudio |
44-64 | Liderança da igreja de Antioquia |
46-48 | Primeira viagem missionária de Paulo |
49 | Concílio de Jerusalém |
50-52 | Segunda viagem missionária |
51 | Judeus (e cristãos) expulsos de Roma (Atos 18.2) |
53-57 | Terceira viagem missionária |
54-68 | Reinado do Nero |
59-62 | Prisão de Paulo em Roma |
64 | Incêndio de Roma (martírio de Paulo e Pedro?) |
66 | Revolta judaica; cristãos de Jerusalém fogem para Pela |
70 | Destruição de Jerusalém e do templo |
81-96 | Reinado de Domiciano |
90-95 | João em Patmos, Apocalipse |
95 | Epístola de Clemente aos coríntios |
IMPLICAÇÕES PRÁTICAS
O cristianismo surgiu de maneira extremamente modesta, mas tinha dentro de si um grande potencial para a transformação do mundo. Esse potencial resultava da sua origem divina e do caráter do seu fundador. Não devemos desprezar “o dia dos humildes começos” (Zacarias 4.10), porque é assim que, com muita frequência, Deus escolhe agir.
O cristianismo permanece de pé ou cai dependendo das convicções que temos sobre os seus fundamentos. Para os cristãos conscientes, estes fundamentos são o eterno propósito de Deus Pai, a obra redentora do Filho e a direção do Espírito Santo. Crendo nessas verdades, os primeiros cristãos impactaram o seu mundo. Nós somos chamados a fazer o mesmo na nossa geração.
Alderi Souza de Matos